Paulinho Santos

Dragus

Novato
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Paulinho Santos


João Paulo Maio dos Santos (Paulinho Santos), nasceu no dia 21 de Novembro de 1970 em Caxinas, Vila do Conde.
Começou a jogar futebol no Rio Ave F.C. tendo-se estreado nos seniores na temporada de 1989/90. No clube de Vila do Conde jogou durante três épocas onde disputou 82 partidas tendo apontado 1 golo.

Na temporada de 1992/93 transferiu-se para o Futebol Clube do Porto e logo nessa primeira época aos serviço dos Dragões sagrou-se Campeão Nacional. Um feito que viria a repetir por mais seis vezes, com a particularidade de ser um dos cinco jogadores da história do F.C. Porto a estar em todos os campeonatos conquistados na caminhada do Penta-Campeonato.

Venceu a Taça de Portugal por cinco vezes e a Supertaça Cândido de Oliveira igualmente por cinco ocasiões.
A juntar a todas essas conquistas, tem ainda no seu palmarés a vitória na Taça UEFA de 2002/03, embora tenha sido pouco utilizado na caminhada até à Final de Sevilha.

Representou a Selecção Nacional por 30 vezes, onde apontou dois golos. Esteve presente no Campeonato da Europa de 1996 em Inglaterra.
No final da temporada de 2002/03 colocou um ponto final na sua carreira futebolística.
Passou depois a integrar as equipas técnicas dos escalões de formação do F.C. Porto. Em 2012 passou a ser um dos adjuntos de Vítor Pereira na equipa principal.

Palmarés
1 Taça UEFA
7 Campeonatos Nacionais 1ª Divisão (Portugal)
5 Taças de Portugal
5 Supertaças Cândido de Oliveira

@ Estrelas do FCP
 

famaboys

Eterno #4
Re: [Futebol] Paulinho Santos

Estive presente no último jogo dele... Chovia que era uma coisa doida... Ganhámos 2-0 com um golo do Postiga e um auto-golo de um gajo qualquer do Sporting.

Enorme, Paulinho! :prayer:
 

LeãoFCP

RAWR !!
Re: [Futebol] Paulinho Santos

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"Foi em Viena que começámos a ser
os melhores"


Percebeu o que era ser portista quando, com oito ou nove anos, o pai lhe perguntou de que clube era. A resposta valeu-lhe uma camisola e alimentou um sonho que se transformaria numa obsessão: Paulinho Santos só pensava em jogar no FC Porto.

Onde estava no 27 de maio?

Assisti ao jogo em casa, nas Caxinas. Vivi o momento como todos os portistas: com grande ansiedade até ao final do encontro e com muita felicidade após a vitória. Ser campeão europeu foi um marco histórico.

Conhecia o André? Como é que a comunidade local, tendo um representante em Viena, viveu a final?

Não o conhecia pessoalmente, mas via-o muitas vezes. Já na altura tinha uma enorme admiração por ele. Parecia que o jogo nunca mais começava e essa ansiedade só desapareceu quando tivemos a certeza do triunfo. Depois, viemos todos para a rua gritar e comemorar. Foi uma alegria a dobrar: o FC Porto venceu e entre os campeões estava um representante da nossa terra. A noite tornou-se inesquecível.

Como foi o André recebido no regresso?

Não me lembro da receção ao André em concreto, mas recordo-me que houve festejos durante a noite e o dia todo.

Tinha 16 anos na altura. Em quem se revia quando jogava? Quem procurava imitar?

Estava no Rio Ave e sempre sonhei jogar no FC Porto. Sinceramente não pensava em ninguém em particular; só queria mesmo representar o FC Porto.

De que forma é que esses dias influenciaram a sua relação com o FC Porto?

Na altura, já era adepto do FC Porto, tal como o meu pai e um dos meus irmãos. Esta conquista serviu para nos motivar ainda mais. Traduziu um ponto de mudança na vida de todos os portistas, que passaram a ter um desejo cada vez maior de vitórias. Foi um momento de viragem nesse sentido.

Ia ao estádio? Assistiu a algum jogo dessa campanha?

À data, era complicado ir ao Estádio das Antas, pelos custos que uma deslocação ao Porto implicava, mas lembro-me de assistir a um jogo do FC Porto em Vila do Conde, já depois da conquista da Taça dos Campeões Europeus, e recordo-me que a euforia ainda era muito grande, mesmo já tendo passado um ano.

Recuemos um pouco. Qual é a sua primeira memória do FC Porto, o dia em que percebeu que era portista?

Quando tinha oito ou nove anos, o meu pai perguntou-me de que clube é que eu era; respondi-lhe que gostava do FC Porto e ele ofereceu-me uma camisola, que guardei com muito carinho.

Apercebe-se do que mudou na forma como o FC Porto era visto então e como é visto hoje?

Em termos de nome, mudou tudo. Completamente. Começámos a ter um tipo de trabalho diferente e a ganhar mais troféus. E, acima de tudo, começámos a ser os melhores.

Chegou a jogar com alguns dos vencedores dessa Taça dos Campeões. Como era a sua relação com eles? Como foi o primeiro contacto e como se sentia perante pessoas que idolatrava anos antes?

Foi fantástico jogar com figuras como o Jaime Magalhães, o André e o João Pinto. Mas não só. Também foi importante conhecer o Lima Pereira e o Fernando Gomes, por exemplo, que mais tarde vieram a integrar a estrutura do FC Porto. Sentia um orgulho enorme pelo que fizeram. Serviram de inspiração para todos nós. Nutria muito respeito, carinho e amizade por eles.

O que acha que herdou de médios como André, Sousa, Jaime Pacheco?

No FC Porto, todos herdam um pouco uns dos outros. A nossa cultura é ganhar; não olhamos para nós, mas para o grupo, para os adeptos e para toda a estrutura. Todos os que se envolvem também ganham; não são só os jogadores. É precisamente essa mentalidade que nos distingue dos demais.

Que valores de clube foram representados por essa geração, quais deles foram marcantes para si enquanto jogador do FC Porto e quais tenta transmitir hoje como treinador?

É como acabei de dizer: o FC Porto é diferente, porque aqui sentimos que todos ganham. Olhamos para todos e para tudo o que nos envolve e não apenas para nós.

Focado em ser Dragão

Ao contrário da maior parte das figuras dos últimos 25 anos do FC Porto que temos entrevistado ao longo desta semana, Paulinho Santos é perentório em afirmar que via o seu futuro como futebolista nas Antas. A obsessão tomou conta do jovem médio, então ainda nas escolas do Rio Ave, clube pelo qual se estrearia no futebol sénior antes de, em 1992, cumprir o seu destino. “Queria ser jogador de futebol e, mais do que tudo, queria jogar no FC Porto, fosse em que desporto fosse. O meu sonho era ganhar títulos no FC Porto, nem que tivesse de jogar outra modalidade”, refere a esta distância. Sem especial interesse ou apetência pelos estudos, Paulinho Santos seguiu o trilho do também caxineiro André, com quem ainda se chegou a cruzar nos azuis e brancos. Com mais 300 jogos, foi sete vezes campeão nacional, conquistando ainda quatro Taças e cinco Supertaças. Como jogador do FC Porto, esteve ainda no Europeu de 1996.
 
Lá vem a conversa da mística...vai ver os jogadores que tinhas no plantel no triénio 99-02.
Não é falta de vontade, é falta de experiência, fibra ou o que quiseres chamar que não te ponha as pernas a tremer quando mais precisas. Tudo o que estava do outro lado hoje. Desde a época passada que eles se tornaram numa equipa muito cínica, que joga para o resultado mínimo que lhe interessa e se tiver de jogar feio joga. Nós somos uns românticos com muita sopinha para comer.
 

HG11

Top Poster aka jugador de Porto
o que é falta de mistica? é portistas de coração?ok,aceito.


agora de falta de vontade não nos podemos queixar.


parece que a mistica só aprece quando ganhámos, e quando não ganhamos lá vem a conversa.


a mistica é ter gajos que dão tudo em cada lance, tipo bruno alves, p.santos, jorge costa? temos o casemiro :mrgreen:
 

FCPorto28

Portista Divino
É ter referências e capitães a sério que influenciem o restante grupo.


Sempre referi a falta de mística mesmo enquanto fomos ganhando, portanto...
 
Isso tem a ver com o personalidade dos jogadores, não é a "mística". O Lucho chegou aqui e no jogo do título quem é o Baía deu ordens para "comandar aquela merda"? Quantos anos de Porto tinha? O Jackson dá tudo em campo, mas não tem perfil para ser um capitão e dar um sermão a um colega se for preciso.

Concordo que falta um líder, mas isso não tem a ver com mística. Falta simplesmente alguém com perfil para ser líder.
 

Thegodfather

Portista Divino
Uma altura em que o futebol era para homens, e não para "craques dos milhões".
É verdade que há coisas desse tempo que felizmente se perderam. Ninguém quer ver um jogo de futebol onde os intervenientes passam a vida a se agredir uns aos outros.
Mas houve outras que igualmente se perderam e não deviam. A garra, a entrega ao jogo, o amor pela camisola que levava a troca de palavras entre jogadores para cada um impor a sua lei. O não ter medo de meter o pé na bola dividida, de correr aquele Km extra porque pelo clube tudo vale a pena!
Isto perdeu-se, e são poucos os jogadores de hoje que conseguem reter alguns destes valores.

Agora temos jogadores muito evoluídos tecnicamente e mesmo tacticamente, desde o defesa até ao avançado, enquanto dantes eram os jogadores da frente os que mais técnica apurada tinham, enquanto os que os de mais atrás faziam valer o seu futebol pela parte mais física. Por exemplo, eu comecei a jogar futebol no tempo em que um trinco tinha apenas uma função: cortar lances mandando a bola para o mais longe possível da sua zona defensiva. E hoje em dia o trinco, o "6", pede-se que seja o primeiro homem a parar jogo ofensivo, mas também que seja ele a pegar na bola e saiba sair a jogar, iniciando a primeira fase de construção ofensiva.

Os tempos mudam, o futebol evoluiu e ainda bem. Mas havia/há valores que nunca se deviam de ter pedido com o tempo... talvez ainda se vá a tempo de os recuperar...
 

Vudu

Administrador
Membro do Staff
Grande Paulinho...custa acreditar que já passaram 15 anos...
 
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