Quem não entendeu porque é o Marega saiu de campo em Guimarães pode passar este post à frente. Se os dois neurónios que lhe compõem a massa cerebral não compreenderam algo como isso, nunca na vida entenderá algo como o que eu vou explicar a seguir. E que não deixa de ser simples, no entanto.
Santiago Colombatto:
argentino.
Pepe: português de origem
brasileira.
Há um histórico e um contexto social e cultural que explica tudo. Infelizmente, há inúmeros, demasiados, casos de racismo/xenofobia de argentinos contra brasileiros estruturados em "mono", bananas e uhuhuhuh. A cor da pele é secundária. O que vemos a fazer aos negros um pouco por todo o mundo, os argentinos fazem (também) aos brasileiros.
Na Libertadores é mato. Um par de minutos de pesquisa vai vos dar múltiplos exemplos, dos mais antigos aos mais recentes. Vão encontrar o cúmulo de ter argentinos a atirar bananas para gajos tão brancos como eles. A discriminação racial/étnica/xenófoba não colhe lógica. Então nas redes sociais...nossa senhora.
O Fábio Cardoso não se sentiria insultado, mas o Colombatto também nunca lhe chamaria macaco.
Também por aí se pode começar a pensar. Num campo de futebol trocam-se carregadas de insultos gratuitos. Filho da p*ta, cabrão, otário, palhaço. O Pepe tem 40 anos. Quantas vezes é que vocês acham que chamaram filho da p*ta nos jogos?
Quando é que alguém usa "macaco"? Isso é um insulto "normal", usual, sai assim? Não, claro que não.