Domingos Paciência

Lisa Simpson disse:
Brincar com o fogo. O APOEL teve três treinadores esta época, acabou com o Manduca no banco. Os outros dois foram despedidos quando estavam na liderança do campeonato.
:colb:
Para um treinador que está a tentar relançar a carreira foi efectivamente uma escolha absurda.
 

Ricardo Rodrigues

Portista Divino
5rExe.png



[SIZE=medium]Como Domingos foi intercetado por Pinto da Costa na autoestrada[/SIZE]
[SIZE=small]
"Estava perto da Exponor, a caminho de Lisboa, quando o presidente do FC Porto me ligou", conta ao DN o antigo avançado, que em 1999 rompeu o acordo que tinha com o Sporting

O guarda-redes José Sá e o avançado Moussa Marega foram os mais recentes jogadores a escaparem ao Sporting, rumando ao FC Porto, a exemplo de muitos outros futebolistas no passado que também foram desviados à última hora pelo presidente Pinto da Costa.

Domingos Paciência foi, provavelmente, o caso mais mediático e caricato de todos, em 1999, quando o antigo avançado finalizou a segunda época ao serviço dos espanhóis do Tenerife. "Na altura o FC Porto estava interessado em mim e no Toñito, que era meu companheiro no Tenerife, mas queria-nos aos dois", começou por contar Domingos ao DN, acrescentando que o médio espanhol "acabou por rumar ao Sporting" e, perante isso, "os dirigentes do FC Porto desistiram" de tentar o seu regresso.

Só depois de garantido Toñito é que o Sporting avançou para Domingos. "Na altura, o empresário José Veiga tinha excelentes relações com o Sporting e entrou em contacto comigo por causa do interesse deles em me contratarem. Chegámos a acordo e viajei para o Porto para depois seguir para Lisboa para ser apresentado", recordou.

Pois bem, o volta-face acabou por ser inesperado para Domingos, que na altura tinha 30 anos. "Estava a conduzir, já estava na autoestrada, ali perto da Exponor, quando o meu telefone tocou. Era o presidente Pinto da Costa a perguntar onde é que eu estava. Disse-lhe que estava a caminho de Lisboa e ele, de imediato, disse-me para não ir e que ia ter comigo para assinar pelo FC Porto", recordou o antigo ponta--de-lança, que nessa curta conversa nem sequer discutiu o ordenado que iria auferir.[/SIZE]
 

BlueSoul

Portista Divino
Fogo, não conseguiu um clube sem ser dos vendidos. Tb não é fácil compreende-se, já são tantos. Onde ele se foi meter.
 

Mr. Robot

Portista Divino
Fica aqui um excerto muito interessante de uma entrevista do Domingos em que aborda alguns problemas do nosso clube:


«Sérgio Conceição é a pessoa certa para o atual momento do FC Porto?


-Acho que sim, é a pessoa certa, e não o digo por ser meu amigo. No entanto, este será um ano de muita pressão para os três grandes. O Benfica quer fazer história com a conquista do pentacampeonato, enquanto o Sporting, desde a aposta em Jorge Jesus, tem tido uma pressão cada vez maior para voltar a ganhar o título. O tempo vai passando e os adeptos, apesar de serem leais, também têm limites. E depois há o FC Porto, que pretende recuperar aquilo que perdeu para o Benfica. O Sérgio [Conceição] terá a responsabilidade de ganhar praticamente com os mesmos jogadores que não ganharam nada nos últimos anos. É um trabalho de risco, mas ele é a pessoa certa.

Consegue perceber como é que o FC Porto perdeu a hegemonia do futebol português, mesmo em termos económicos?


-O FC Porto não soube preparar o futuro. Quando foi campeão europeu com a geração do Gomes, Lima Pereira ou Frasco, pensei que o clube ia começar a apostar em jogadores de renome internacional. Não foi isso que aconteceu, o FC Porto continuou fiel à aposta na formação, nos jogadores portugueses, e com isso manteve a hegemonia em Portugal. A partir de um determinado momento, e fruto do seu crescimento, o FC Porto começou a apostar em nomes fortes e a comprar muito caro. Por exemplo, eu fui vendido ao Tenerife por oito milhões de euros, muito dinheiro, e passados uns anos vejo o clube a comprar, por esse mesmo valor, o Diego Reyes, que passou a maior parte do ano a jogar na equipa B. Se calhar, houve outros clubes, como o Benfica, que trabalharam melhor.

Mas acredita num regresso ao passado e numa aposta mais vincada na formação?

-Não sei, tenho dúvidas. Tenho mesmo muitas dúvidas. Aqui falo na condição de adepto e sócio do FC Porto há 27 anos: ainda agora o clube transferiu o Francisco Ramos para o V. Guimarães e o Tomas Podstawaski para o V. Setúbal, tendo ficado com 50 por cento do passe. Portanto, essa aposta na formação não parece existir.»
 

James Bond

Portista Divino
Concordo em parte com o que ele diz, no entanto há que entender que 8 milhões na altura em que ele foi transferido valiam bem mais do que 8 milhões agora.
Parecendo que não, o mercado e mesmo o próprio dinheiro, através da inflação perdeu poder de compra. Logo precisas de um valor monetário superior nos dias de hoje para garantir a mesma coisa que compravas antigamente por um valor mais módico. Se formos falar em valores astronómicos como compras e vendas de jogadores, a diferença acentua-se mais ainda porque esta diferença é tanto maior quanto maiores forem os valores envolvidos.
Isto significa que, se por um lado podes potenciar e vender mais caro e colher mais beneficio. Por outro lado os erros pagam-se mais caro. E sucessivos erros podem arrastar o clube para uma situação como a que estamos a viver agora.
 
Top