Desculpa
@Lisa Simpson, independentemente de ser o caso aqui ou não (que como o Neru disse supostamente não é); qual é o problema de alguém dizer “sou gay”, não sendo?
O que é que há de ofensivo aqui?
É que quem ler o teu post e não souber o que foi dito fica a pensar que o Casillas fez daqueles comentários tipo “deixa-te de paneleirices” ou algo do género! Ai sim não há muitas vezes maldade mas pode ferir susceptibilidades… agora “sou gay” ou “vamos assumir a nossa relação”?
Qualquer dia não se pode dizer nada! Nem é uma questão de empatia - se temos que retratar tudo o que dizemos sempre que alguém se pode sentir incomodado, acabem com as redes sociais, acabem com conversas de café, acabem com tudo. Porque qualquer um de nós está sujeito a que alguém se sinta incomodado, ofendido ou afectado por alguma coisa dita.
Haja bom senso.
Não me consigo explicar muito melhor do que aquilo que fiz, mas vou tentar.
Eu disse que não tinha maldade, que não era dirigido diretamente aos LGBT e que não era uma coisa horrorosa. Se calhar aqui deveria ter escolhido outra expressão: não achei ofensivo para os LGBT.
Quando se é uma figura pública com milhões de seguidores é preciso ter mais cuidado quando se toca em temas sensíveis.
Não pelo simples eco social, não pelos snowflakes, mas pelo impacto real que isso pode ter nas pessoas. E muitas delas nem falam nas redes sociais, estão caladinhas no seu canto.
Senão o maior, o futebol é um dos meios onde ainda persiste o maior tabu e preconceito com a homossexualidade.
Este tipo de coisa, não sendo terrível, não ajuda em nada a andar para a frente.
Se por acaso fosse verdade, era um acontecimento brutalíssimo. É que no cinema há muitos, na TV, no teatro, na música..mas no futebol...só há um...
Naquele par de horas, imensa gente que vive com medo de ser quem é, e concretamente no futebol, deve-se ter sentido maravilhada e cheia de esperança. Epa, se o Iker, o grande Iker Casillas faz isto, se calhar eu...ah afinal não.
Pelo meio viu muitos comentários que lhes devem ter feito andar ainda mais para trás. E não me refiro de todo ao do Puyol.
Não foi ofensivo, mas foi infeliz. Correu mal.
E não, não acredito que alguém que tenha tido acesso à conta se limitasse a fazer aquilo. No entanto, a reflexão não muda.
De resto, e alargando definitivamente a discussão do dia, as grandes revoluções e transformações sociais nunca se alcançaram sem alguns exageros.
É o preço a pagar por um progresso que não acaba apenas quando se mudam leis, é uma luta contínua em diferentes graus. E não me parece um preço exorbitante, porque é tudo muito efémero nas redes sociais: *escândalo num par de dias* e depois já ninguém se lembra. Dizer aquilo que lhe apetece em resposta a alguém que disse o que lhe apeteceu é normal. Não é como a Clara Ferreira Alves, que com a sua crónica semanal no Expresso e presença na TV em horário nobre acha que foi cancelada.