Ainda a aguardar definição relativamente ao seu futuro – Rússia, Turquia e alguns marcados árabes ainda estão abertos –, Shoya Nakajima concedeu uma entrevista a uma publicação japonesa, a revista Goethe, onde revisitou a polémica relacionada com a recusa de se treinar com o plantel do FC Porto quando a pandemia de Covid-19 atacava em força.
Uma decisão que lhe arruinou os planos de consagração no FC Porto, mas da qual não se arrepende. «Naquela altura não sabia o que era o coronavírus e não havia cura. A minha esposa tem asma e uma pneumonia era séria ameaça à vida. Algumas pessoas morreram assim e a minha filha ainda era pequena. Para mim, a família é a coisa mais importante, coloco-a acima de tudo», explicou o médio, que na época passada esteve cedido ao Portimonense.
Depois de o FC Porto retomar os treinos, Nakajima treinou-se cerca de uma semana, mas não se sentiu confortável com o que viu. «Enquanto outras equipas ainda treinavam com pequenos grupos de jogadores, o FC Porto começou a treinar com toda a equipa. Tínhamos duas salas separadas, mas não parecia socialmente distanciado. A minha mulher estava doente na altura se eu fosse infetado com Covid-19 colocaria minha família em risco. Não quero ver minha esposa e filha sofrerem, então tomei a decisão de ficar com elas», lembrou. «Não participei nos treinos, perdi minha posição na equipa, mas não me arrependo. Fiquei fora da seleção do Japão, se precisarem de mim estarei disponível», garantiu.