A minha primeira vez no Dragao na verdade nao foi a primeira vez no estádio do FCP.
A minha primeira vez a ver o Dragao ao vivo foi no Estádio das Antas algures por volta de 1995.
Gostava de dizer que nasci e cresci portista mas, a verdade, é que fui primeiro do Estrela da Amadora e só mais tarde acordei para a vida e me tornei portista.
E desde essa idade, devia ter aí uns 8 ou 9 anos, que queria muito ir ver as estrelas ao vivo ao grande estádio das Antas.
Como a "birra" já durava a algum tempo o meu querido padrinho (que em paz descanse) fez um favor aos meus pais e decidiu levar-me á bola. Ele era técnico da PT e em dias de jogo dava apoio técnico na bancada de imprensa e acho que era porreiro levar o afilhado numa dessas visitas. Para mim era um grande mix de excitacao pois se por um lado ia finalmente ás Antas também era igualmente importante que eu fosse ver a bola com o meu padrinho (com eu quem nunca tinha estado sozinho muito menos ir a algum lugar). Á hora marcada, lá me veio buscar no seu Citroen Dyane e lá fomos nós. Devo confessar que houve um olhar estupefacto do meu padrinho que eu deveria ter levado mais em conta. Quando entrei no carro, de cachecol e um peluche (Sr.Matosinhos 94/95) azul e branco ele olhou para mim e só perguntou " Tens a certeza que queres levar isso?" e perante a minha resposta afirmativa lá arrancou.
Estava todo entusiasmado, vi o carro sair de Lordelo, meter pela Avenida da Boavista e quando esperava a habitual volta á direita para apanhar a VCI heis que comecamo a fazer outro caminho. Um caminho fácil de reconhecer mas que eu nao entendia. Estavamos a caminho do Estádio do...Bessa!
Pois é meus caros...houve alguma falha de comunicacao entre o meu padrinho e os meus pais e o jogo que ele me ia levar a ver era um...Boavista - Sporting.
Felizmente tive tempo de deixar o cachecol e o peluche no carro e ainda hoje guardo boas recordacoes desse jogo. Mal sabia eu que uns anos mais tarde viria a ser atleta do Boavista e estudar mesmo em frente ao estádio durante grande parte da minha vida.
Talvez sensibilizado pela minha desilusao anterior, o meu pai encheu-se de brio e decidiu levar-me ás Antas na semana seguinte.
Confesso que muito do meu entusiasmo desvaneceu-se por pensar que de alguma forma ia acabar por ir parar ao Bessa outra vez. Felizmente nao foi assim.
Nao me lembro de contra quem jogamos (tenho uma ideia que era o Campomaiorense) mas lembro-me das bancadas cheias, do fumo dos cigarros, do homem da trompeta (que achei tao incrível na altura), dos gritos dos senhores de idade (naquela altura eu pensava que senhores de idade nao diziam palavroes) e de tantas outras coisas que fizeram de mim um portista de coracao e o estádio das Antas um lugar de sonhos.
O meu pai, que já na altura nao tinha grande paciencia para confusoes, quis comecar a sair antes dos descontos. Dizia ele que era para evitar o transito e que o resultado já nao ia sair do mesmo (estavamos empatados). Eu, rejeitei a desconfianca do meu pai, e fiz tudo o possível para ficar mais uns segundos naquelas bancadas de pedra. "Mais um bocadinho pai, só mais um bocadinho.". E de bocadinho e bocadinho fomos caminhando até a saída e quando estavámos prestes a sair das bancadas..." Quinzinho na área, na recarga...e é GOLOOOOOOOOOO...do PORTOOOOOO!!".
Que emocao, tinhamos dado a volta ao resultado no último minuto e logo por gajo que tinha um nome inesquecivel...QUINZINHO!
Adoro regressar a este dia e ao golo do Quinzinho e acho que se tivesse sido de outra forma, se nos tivessemos ido embora nao ia ser a mesma coisa, nao sera mesma emocao. Para sempre vou ser fa do Quizinho (outro que já se foi) e para sempre vou ser fa do Estádio das Antas.
A minha primeira vez a ver o Dragao ao vivo foi no Estádio das Antas algures por volta de 1995.
Gostava de dizer que nasci e cresci portista mas, a verdade, é que fui primeiro do Estrela da Amadora e só mais tarde acordei para a vida e me tornei portista.
E desde essa idade, devia ter aí uns 8 ou 9 anos, que queria muito ir ver as estrelas ao vivo ao grande estádio das Antas.
Como a "birra" já durava a algum tempo o meu querido padrinho (que em paz descanse) fez um favor aos meus pais e decidiu levar-me á bola. Ele era técnico da PT e em dias de jogo dava apoio técnico na bancada de imprensa e acho que era porreiro levar o afilhado numa dessas visitas. Para mim era um grande mix de excitacao pois se por um lado ia finalmente ás Antas também era igualmente importante que eu fosse ver a bola com o meu padrinho (com eu quem nunca tinha estado sozinho muito menos ir a algum lugar). Á hora marcada, lá me veio buscar no seu Citroen Dyane e lá fomos nós. Devo confessar que houve um olhar estupefacto do meu padrinho que eu deveria ter levado mais em conta. Quando entrei no carro, de cachecol e um peluche (Sr.Matosinhos 94/95) azul e branco ele olhou para mim e só perguntou " Tens a certeza que queres levar isso?" e perante a minha resposta afirmativa lá arrancou.
Estava todo entusiasmado, vi o carro sair de Lordelo, meter pela Avenida da Boavista e quando esperava a habitual volta á direita para apanhar a VCI heis que comecamo a fazer outro caminho. Um caminho fácil de reconhecer mas que eu nao entendia. Estavamos a caminho do Estádio do...Bessa!
Pois é meus caros...houve alguma falha de comunicacao entre o meu padrinho e os meus pais e o jogo que ele me ia levar a ver era um...Boavista - Sporting.
Felizmente tive tempo de deixar o cachecol e o peluche no carro e ainda hoje guardo boas recordacoes desse jogo. Mal sabia eu que uns anos mais tarde viria a ser atleta do Boavista e estudar mesmo em frente ao estádio durante grande parte da minha vida.
Talvez sensibilizado pela minha desilusao anterior, o meu pai encheu-se de brio e decidiu levar-me ás Antas na semana seguinte.
Confesso que muito do meu entusiasmo desvaneceu-se por pensar que de alguma forma ia acabar por ir parar ao Bessa outra vez. Felizmente nao foi assim.
Nao me lembro de contra quem jogamos (tenho uma ideia que era o Campomaiorense) mas lembro-me das bancadas cheias, do fumo dos cigarros, do homem da trompeta (que achei tao incrível na altura), dos gritos dos senhores de idade (naquela altura eu pensava que senhores de idade nao diziam palavroes) e de tantas outras coisas que fizeram de mim um portista de coracao e o estádio das Antas um lugar de sonhos.
O meu pai, que já na altura nao tinha grande paciencia para confusoes, quis comecar a sair antes dos descontos. Dizia ele que era para evitar o transito e que o resultado já nao ia sair do mesmo (estavamos empatados). Eu, rejeitei a desconfianca do meu pai, e fiz tudo o possível para ficar mais uns segundos naquelas bancadas de pedra. "Mais um bocadinho pai, só mais um bocadinho.". E de bocadinho e bocadinho fomos caminhando até a saída e quando estavámos prestes a sair das bancadas..." Quinzinho na área, na recarga...e é GOLOOOOOOOOOO...do PORTOOOOOO!!".
Que emocao, tinhamos dado a volta ao resultado no último minuto e logo por gajo que tinha um nome inesquecivel...QUINZINHO!
Adoro regressar a este dia e ao golo do Quinzinho e acho que se tivesse sido de outra forma, se nos tivessemos ido embora nao ia ser a mesma coisa, nao sera mesma emocao. Para sempre vou ser fa do Quizinho (outro que já se foi) e para sempre vou ser fa do Estádio das Antas.