FC Porto - Olhanense (a história de dois pontos perdidos)
FC Porto
Os dragões entraram para este jogo sabendo que a vitória lhe daria dois pontos de avanço sobre o Benfica. Uma motivação extra de uma equipa que, por si só, já vinha motivada pelas exibições em partidas anteriores, o próprio Vítor Pereira reconheceu que a equipa praticava um futebol à sua semelhança. Estavam reunidas todas as condições para se assistir a uma vitória portista, os indicadores internos e externos para isso apontavam. O jogo começou com o golo do Olhanense, uma perda de bola de Alex Sandro junto à área algarvia, à qual Babanco aproveitou para isolar Targino. Uma corrida de meio campo e o remate certeiro fizeram o primeiro golo do encontro. Destaque para o mau posicionamento na transição ataque-defesa portista, algo nada habitual, que criou uma verdadeira auto-estrada para o avançado algarvio. Sublinhar ainda a deficiente recuperação de Mangala, ele que até é rápido, que em momento algum conseguiu ganhar terreno a Targino, apesar deste correndo com bola. Quem se consegue aproximar mais do algarvio até é Izmaylov, que estando muito mais distante consegue recuperar muito mais rápido. Este golo, pensou-se, ia intensificar a pressão dos dragões na área adversária, mas não o FC Porto dominou o jogo, instalou-se no meio campo adversário, mas teve uma dificuldade imensa em criar oportunidades de golo. A equipa estava lenta, o jogo interior não saía e o jogo exterior não funcionava, muito por culpa de Varela e Danilo, em dia de desinspiração, que não davam a melhor sequência às solicitações de que eram alvo. Do outro lado Alex Sandro era o único que conseguia dar alguma sequência ao jogo pelos flancos. Chegou o intervalo e, com ele, a ideia de que era preciso fazer algo. A segunda parte começou da mesma forma, com os dragões algo pachorrentos, com dificuldades em criar desequilíbrios. Mesmo assim chegou o golo do empate através de um canto, por Jackson Martinez que empurrou para a baliza um ressalto de bola proveniente do poste. Pensou-se que era o tónico que faltava, mas não, os azuis e branco continuaram pouco esclarecidos e podiam ter sofrido mais um golo, mais uma vez Targino na cara de Helton, mas desta feita o brasileiro a levar a melhor. Entretanto Vítor Pereira tinha trocado Izmaylov (ainda não aguenta mais de 60 minutos) por Sebá, uma substituição que não alterava o esquema táctico. Pouco depois os dragões beneficiam e desperdiçam uma grande penalidade, a que o Olhanense responde com um contra-ataque muito perigoso, em que a bola andou nos pés dos algarvios com Helton fora da baliza. Foi o canto do cisne para os homens de Olhão, a partir daí só deu azul. Tozé substituiu Varela e entrou com vontade de acrescentar, talvez até vontade a mais, e Liedson a um quarto de hora do fim entrou para o lugar de Fernando, mudando aqui o figurino táctico da equipa, passando a jogar com duas unidades na frente mais o apoio dos alas, utilizando um 4x4x2. O FC Porto instalou-se em definitivo e exclusivamente no meio campo adversário até ao final do encontro, tendo desperdiçado oportunidades para ganhar o jogo confortavelmente. Assim não aconteceu, por incompetência dos azuis e por muita competência de Bracali, que fez no Dragão uma exibição para recordar. Na antevisão já tinha alertado que, um dos poucos defeitos de Vítor Pereira é a motivação da equipa para jogos de menor grau de dificuldade, como era o caso de ontem. A equipa e o técnico acreditaram em demasia que mais cedo ou mais tarde o jogo se ia resolver, mas nestes casos aconselha-se que seja mais cedo. Um jogo pouco conseguido de uma equipa que tem mostrado muita qualidade e que poderá servir para voltar a pôr os pés na Terra.
Olhanense
Os algarvios conseguiram aquilo que ainda ninguém tinha conseguido este ano, sair do Dragão sem perder. Manuel Cajuda e a sua astúcia, Targino com a sua velocidade e Bracali com a sua elasticidade foram os principais responsáveis. Os principais, porque toda a equipa esteve num plano superior, conseguiram tapar o jogo interior do FC Porto quase sempre, ofereceram as laterais mas fecharam bem no centro e conseguiram algumas vezes escapar à teia montada pela pressão alta dos dragões. Lição bem estudada e execução plena do pretendido. O jogo começou de feição ao Olhanense e conseguiu manter a estratégia a funcionar até ao intervalo. Na segunda parte, nos primeiros 20 minutos aconteceu-lhe de tudo, o adversário empatou, depois podia ter voltado novamente para a frente, o FC Porto de seguida falhou um penalti e respondeu com um lance de muito perigo. Um momento do jogo onde poderia ter acontecido tudo, desde a vitória à derrota. Nos últimos 25 minutos reforçou o autocarro e foi tendo fé em Bracali, uma crença que saiu recompensada. Apesar de ainda não ter ganho nenhum jogo, Manuel Cajuda e a equipa saem desta partida mais moralizados do que com algumas vitórias.
FC Porto
Os dragões entraram para este jogo sabendo que a vitória lhe daria dois pontos de avanço sobre o Benfica. Uma motivação extra de uma equipa que, por si só, já vinha motivada pelas exibições em partidas anteriores, o próprio Vítor Pereira reconheceu que a equipa praticava um futebol à sua semelhança. Estavam reunidas todas as condições para se assistir a uma vitória portista, os indicadores internos e externos para isso apontavam. O jogo começou com o golo do Olhanense, uma perda de bola de Alex Sandro junto à área algarvia, à qual Babanco aproveitou para isolar Targino. Uma corrida de meio campo e o remate certeiro fizeram o primeiro golo do encontro. Destaque para o mau posicionamento na transição ataque-defesa portista, algo nada habitual, que criou uma verdadeira auto-estrada para o avançado algarvio. Sublinhar ainda a deficiente recuperação de Mangala, ele que até é rápido, que em momento algum conseguiu ganhar terreno a Targino, apesar deste correndo com bola. Quem se consegue aproximar mais do algarvio até é Izmaylov, que estando muito mais distante consegue recuperar muito mais rápido. Este golo, pensou-se, ia intensificar a pressão dos dragões na área adversária, mas não o FC Porto dominou o jogo, instalou-se no meio campo adversário, mas teve uma dificuldade imensa em criar oportunidades de golo. A equipa estava lenta, o jogo interior não saía e o jogo exterior não funcionava, muito por culpa de Varela e Danilo, em dia de desinspiração, que não davam a melhor sequência às solicitações de que eram alvo. Do outro lado Alex Sandro era o único que conseguia dar alguma sequência ao jogo pelos flancos. Chegou o intervalo e, com ele, a ideia de que era preciso fazer algo. A segunda parte começou da mesma forma, com os dragões algo pachorrentos, com dificuldades em criar desequilíbrios. Mesmo assim chegou o golo do empate através de um canto, por Jackson Martinez que empurrou para a baliza um ressalto de bola proveniente do poste. Pensou-se que era o tónico que faltava, mas não, os azuis e branco continuaram pouco esclarecidos e podiam ter sofrido mais um golo, mais uma vez Targino na cara de Helton, mas desta feita o brasileiro a levar a melhor. Entretanto Vítor Pereira tinha trocado Izmaylov (ainda não aguenta mais de 60 minutos) por Sebá, uma substituição que não alterava o esquema táctico. Pouco depois os dragões beneficiam e desperdiçam uma grande penalidade, a que o Olhanense responde com um contra-ataque muito perigoso, em que a bola andou nos pés dos algarvios com Helton fora da baliza. Foi o canto do cisne para os homens de Olhão, a partir daí só deu azul. Tozé substituiu Varela e entrou com vontade de acrescentar, talvez até vontade a mais, e Liedson a um quarto de hora do fim entrou para o lugar de Fernando, mudando aqui o figurino táctico da equipa, passando a jogar com duas unidades na frente mais o apoio dos alas, utilizando um 4x4x2. O FC Porto instalou-se em definitivo e exclusivamente no meio campo adversário até ao final do encontro, tendo desperdiçado oportunidades para ganhar o jogo confortavelmente. Assim não aconteceu, por incompetência dos azuis e por muita competência de Bracali, que fez no Dragão uma exibição para recordar. Na antevisão já tinha alertado que, um dos poucos defeitos de Vítor Pereira é a motivação da equipa para jogos de menor grau de dificuldade, como era o caso de ontem. A equipa e o técnico acreditaram em demasia que mais cedo ou mais tarde o jogo se ia resolver, mas nestes casos aconselha-se que seja mais cedo. Um jogo pouco conseguido de uma equipa que tem mostrado muita qualidade e que poderá servir para voltar a pôr os pés na Terra.
Olhanense
Os algarvios conseguiram aquilo que ainda ninguém tinha conseguido este ano, sair do Dragão sem perder. Manuel Cajuda e a sua astúcia, Targino com a sua velocidade e Bracali com a sua elasticidade foram os principais responsáveis. Os principais, porque toda a equipa esteve num plano superior, conseguiram tapar o jogo interior do FC Porto quase sempre, ofereceram as laterais mas fecharam bem no centro e conseguiram algumas vezes escapar à teia montada pela pressão alta dos dragões. Lição bem estudada e execução plena do pretendido. O jogo começou de feição ao Olhanense e conseguiu manter a estratégia a funcionar até ao intervalo. Na segunda parte, nos primeiros 20 minutos aconteceu-lhe de tudo, o adversário empatou, depois podia ter voltado novamente para a frente, o FC Porto de seguida falhou um penalti e respondeu com um lance de muito perigo. Um momento do jogo onde poderia ter acontecido tudo, desde a vitória à derrota. Nos últimos 25 minutos reforçou o autocarro e foi tendo fé em Bracali, uma crença que saiu recompensada. Apesar de ainda não ter ganho nenhum jogo, Manuel Cajuda e a equipa saem desta partida mais moralizados do que com algumas vitórias.