Vítor Baía

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Vítor Baía


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É pouco, mas sintomático, dizer que é o jogador com mais títulos conquistados em todo o Mundo. Atravessou todas as camadas, todas as selecções, foi baluarte e capitão de todas as equipas por onde passou e terá sido, provavelmente, o melhor de sempre na sua posição no FC Porto. Começou o seu trajecto no clube na época de 1983/84, numa aposta de confiança que nunca saiu defraudada. É um exemplo de referência e o profissionalismo que sempre dedicou às equipas a que pertenceu, é revelador da índole deste incontornável símbolo do FC Porto e do futebol português. Será difícil, nos tempos mais próximos, alguém conquistar todos os títulos que Vítor Baía conseguiu, inclusivamente numa bem sucedida passagem pelo poderoso Barcelona. A Liga dos Campeões e a Taça UEFA alcançadas ao serviço do FC Porto serão provavelmente os seus momentos mais significativos, que se juntam a uma lista infindável de conquistas e que fazem de Vítor Baía um jogador, a todos os níveis, memorável.


Vida e carreira

Vítor Manuel Martins Baía nasceu no dia 15 de Outubro de 1969 em S.Pedro da Afurada, Vila Nova de Gaia. Começou a jogar futebol no Académico de Leça. Aos treze anos mudou-se para o FC Porto, onde passou a maior parte da sua carreira. Aos dezanove anos foi pela primeira vez chamado à equipa principal por Artur Jorge (treinador português que conquistou a Taça dos Campeões Europeus de Clubes em 1987, com o FC Porto) num jogo contra o Vitória de Guimarães em Setembro de 1989 e não perdeu mais o lugar.

Chegou à baliza da selecção portuguesa com 21 anos. Estreou-se no dia 19 de Dezembro de 1990, num jogo frente aos Estados Unidos, iniciando aí uma década em que a camisola 1 de Portugal lhe pertenceu quase em exclusivo.

Ao serviço do clube portuense, ganhou cinco campeonatos nacionais e duas taças de Portugal, sofrendo 116 golos em sete épocas (uma média de apenas 16,5 golos sofridos por ano). Esteve presente com a selecção portuguesa no campeonato europeu de 1996, em Inglaterra, após o qual se transferiu para o FC Barcelona, de Espanha, transformando-se no mais caro guarda-redes do mundo.

Depois de uma boa primeira época ao serviço do clube espanhol, Vítor Baía sofreu uma lesão, em Agosto de 1997, e o técnico holandês Louis Van Gaal retirou-o da primeira equipa, preferindo o seu compatriota Ruud Hesp. Em Janeiro de 1999, após vários meses sem jogar no Barcelona, Baía, ainda como jogador do Barcelona, regressou ao Porto para relançar a carreira.

Em 2000 integrou a equipa da selecção nacional para o Campeonato Europeu de Futebol onde esteve em bom plano ao defender uma grande penalidade nos quartos-de-final de Arif, da selecção da Turquia, mas não tendo hipóteses na grande penalidade apontada por Zinedine Zidane que iria eliminar Portugal nas meias-finais.

No ano seguinte, uma lesão no joelho afastou-o dos relvados durante praticamente uma época, o que levou a que muitas pessoas pensassem que iria acabar a carreira.

Contudo, Baía voltou ao seu melhor, recuperando a tempo de representar Portugal no Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão. Nessa competição, Baía foi titular, quando se esperava que fosse Ricardo, jovem guardião do Boavista, a defender as redes da selecção, pois este tinha sido titular nos últimos cinco jogos da fase de apuramento (nos primeiros cinco, o titular era Quim).

Quando Luiz Felipe Scolari foi nomeado selecionador nacional, Baía nunca mais defendeu as cores de Portugal. Todavia, ao serviço do Porto, manteve sempre a titularidade, excepto num pequeno período em que se desentendeu com José Mourinho.

Em 2003, Vítor Baía foi o guarda-redes titular do Porto na final da Taça UEFA, em Sevilha (Espanha), que a equipa portuguesa venceu por 3-2, após prolongamento ao Glasgow Celtic e no ano seguinte foi também titular na final da Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen (Alemanha), em que o FC Porto ganhou 3-0 ao AS Monaco, tendo mesmo sido considerado o melhor guarda-redes europeu de 2004, pela UEFA. No final desse ano de 2004, em Dezembro, volta a escrever uma brilhante pagina no seu vasto currículo ao ser mais uma vez titular da baliza dos dragões no Japão num jogo a contar para a Taça Intercontinental, onde o FC Porto venceu a equipa campeã da América do Sul, o Once Caldas da Colômbia.

Viria a perder a titularidade no final de 2005, quando o treinador holandês Co Adriaanse considerou que Helton seria melhor opção. Aos 37 anos, se despediu como jogador, e foi um jogadores mais influentes na história portista. É hoje o futebolista com mais títulos a nível mundial, tendo conquistado 32. Pelé, Frank Rijkaard e Marius Lăcătuş contam com 25 cada um.

Actualmente trabalha na estrutura do FC Porto como dirigente, no cargo de Relações Externas da SAD do FC Porto.

Texto adaptado da página do jogador na Wikipédia.
Títulos

FC Porto

* Campeonato Nacional: (10) 89/90, 91/92, 92/93, 94/95, 95/96, 98/99, 02/03, 03/04, 05/06 e 06/07
* Taça de Portugal: (5) 90/91, 93/94, 99/2000, 02/03 e 05/06
* Supertaça Cândido de Oliveira: ( 8 ) 90/91, 91/92, 93/94, 94/95,99/00
* Taça UEFA: 02/03
* Liga dos Campeões: 03/04
* Taça Intercontinental: 04/05

Totais:

* Títulos: 26
* Épocas: 16
* Jogos: 406

FC Barcelona

* Taça do Rei: (2) 96/97 e 97/98
* Liga Espanhola: 97/98
* Supertaça de Espanha: 97/98
* Taça das Taças: 96/97
* Supertaça Europeia: 97/98

Prémios Individuais

* 1988/89 - Troféu "Foot-Reuch": Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
* 1989 - Troféu Jornal "Record": Revelação do Ano
* 1989 - Dragão de Ouro: Futebolista do Ano
* 1989 - Futebolista do Ano da CNID
* 1989/90 - Melhor Jogador Hummel
* 1989/90 - Prémio Regularidade do Jornal "A Bola"
* 1990 - Prémio Trevo de Ouro: Adidas
* 1990 - Melhor Jogador do Torneio Phillips Cup
* 1990/91 - Troféu "Foot-Reuch": Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
* 1991 - Futebolista do Ano da CNID
* 1991 - Prémio Gandula para Melhor Guarda-Redes
* 1991/92 - Troféu Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
* 1991/92 - Troféu Jornal "Público": Melhor Jogador do Ano
* 1992 - Prémio Gandula para Melhor Guarda-Redes
* 1992 - Troféu Jornal "Record" - Melhor Guarda-Redes do Ano
* 1992/93 - Troféu jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
* 1993 - Melhor Futebolista do Torneio Centenário do FC Porto
* 1993 - Prémio Gandula para Melhor Guarda-Redes
* 1993 - Prémio Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
* 1993/94 - Troféu Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
* 1994/95 - Guarda-Redes mais valioso do Campeonato Nacional
* 1994/95 - Guarda-Redes do Ano da "European Sports Magazine"
* 1996 - Fase Final do EURO 96
* 1996 - Troféu Jornal "Record": Melhor Jogador do Ano
* 1996/97 - Troféu Jornal "A Marca": Melhor Guarda-Redes do Ano
* 2000 - Fase Final do Euro 2000
* 2002 - Fase Final do Campeonato do Mundo 2002
* 2002 - Figura Nacional do Ano na III Gala Nacional do Desporto
* 2003 - Prémio Carreira na Gala de Desporto em Gaia
* 2004 - Prémio UEFA "Best Goalkeeper 2003/04": Melhor Guarda-Redes da Europa
* 2004 - Medalha de Mérito Desportivo
* 2004/05 - Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
* 2004/05 - Troféu Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
* 2004/05 - Troféu Carreira da Superliga / Jornal Notícias
* 2008 - Condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique (República Portuguesa) em Viana do Castelo
* 2008 - Prémio "alto prestígio" pela Confederação do Desporto de Portugal

Curiosidades

* Vítor Baía detém o record de imbatibilidade em Portugal (1191 minutos entre Setembro de 1991 e Janeiro de 1992)[1], 5º em campeonatos de primeira divisão europeus e 11º melhor registo de sempre da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol.
* Foi o 1º jogador português a atingir as 75 internacionalizações (16 de Agosto de 2000).
* Conquistou 10 campeonatos nacionais de séniores.
* É um de apenas 9 jogadores que conquistaram os três principais títulos Europeus de clubes: Liga dos Campeões, Taça UEFA e Taça das Taças.
* Na cápsula do tempo enterrada pela UEFA aquando do seu jubileu de ouro em 2004, foi colocado um par de luvas de Vítor Baía.
* Tem uma fundação em seu nome: a Fundação Vítor Baía 99. 99 é o número que ostentou nas costas desde que voltou ao FC Porto.
* Em 11 de Novembro de 2005, lançou a sua autobiografia.

Multimédia

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Vitor Baia - Homenagem (Tribute)
 

Dekap

Melhor do mundo
Re: [Futebol] Vítor Baía

Fui guarda-redes durante 9anos, era o meu ídolo. Eterno :heart:
 

Lucho

Novato
Re: [Futebol] Vítor Baía

E o Giggs não tem mais títulos por causa das regras em Inglaterra que obrigam um jogador a disputar um certo número de jogo para ser considerado vencedor dum título.
 
B

bySmithProd

Guest
Re: [Futebol] Vítor Baía

ainda me custa a creditar que o Scolari não convocou para o Euro2004 o melhor GR do mundo nessa altura :facepalm:
BAÍA >Ricardo (mesmo a defender penalties sem luvas!)
 

Enigmatic

Portista Divino
Re: [Futebol] Vítor Baía

mingonças disse:
Um dos meus ídolos de infância, faltam jogadores destes no Porto.


É isto.


Parece-me que o Beto consegue ter qualidade semelhante, isto na minha opinião.
 
Re: [Futebol] Vítor Baía

"O" Dragão. O poder que este homem tinha em campo é impressionante. Ao lado de Jorge Costa, um dos jogadores portistas que marcaram a minha infância até eu começar a interessar-me e gostar de futebol.

Uma lenda, com o acréscimo dos prémios que ganhou pelo nosso clube.
 
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