Shoya Nakajima

Portus Vintage

Portista Divino
Vives num mundo a preto e branco? Eu não.

Respondendo à tua pergunta: não sei, nunca emigrei. Mas quando recebo pessoas de outras culturas não lhes imponho a minha, dou-a a conhecer e eles são livres de se imiscuir nela ou não.

Um asiático tem uma cultura radicalmente diferente da ocidental e nós não estamos visivelmente preparados para isso. Para isso e para problemas do foro mental mas isso antes de ser um problema do clube, é um problema do futebol e da sociedade em geral.
Quanto á primeira é um arco íris...
Foi exatamente o que o clube fez, deu lhe a privacidade e nao o obrigou a absolutamente nada...
Aquilo que tu fazes em casa é uma questao de educaçao e simpatia, perceber e aceitar e dar a liberdade de escolha é uma coisa tu abdicares da tua é outra até porqueai a escolha tambem é tua.
Os asiáticos estao preparados para a cultura ocidental?
É uma falsa questao porque tu quando emigras tens de ter "estofo" para te adaptares e se nao tiveres ou nao gostares nao tem mal nenhum...regressas ao conforto da tua cultura ed os teus costumes porque cada um tem as suas especificidades.
Tudo isto compreendendo e respentando as diferenças e sem colocar em causa a liberdade do jogador assim como a liberdade do clube.
 

Mr. Robot

Portista Divino
Já eu acho que se o Nakajima teve, de facto, problemas psicológicos, o clube agiu muito bem ao esconder isso. Ele pode não saber português, mas não me parece que fosse bom ter toda a gente a falar de uma coisa tão pessoal.

Foi exactamente isso que aconteceu, caro @mikec, segundo palavras do nosso presidente.
 

DiGil

Portista Divino
Quanto á primeira é um arco íris...
Foi exatamente o que o clube fez, deu lhe a privacidade e nao o obrigou a absolutamente nada...
Aquilo que tu fazes em casa é uma questao de educaçao e simpatia, perceber e aceitar e dar a liberdade de escolha é uma coisa tu abdicares da tua é outra até porqueai a escolha tambem é tua.
Os asiáticos estao preparados para a cultura ocidental?
É uma falsa questao porque tu quando emigras tens de ter "estofo" para te adaptares e se nao tiveres ou nao gostares nao tem mal nenhum...regressas ao conforto da tua cultura ed os teus costumes porque cada um tem as suas especificidades.
Tudo isto compreendendo e respentando as diferenças e sem colocar em causa a liberdade do jogador assim como a liberdade do clube.
O problema do Nakajima não é adaptação à cultura ocidental, basta ver o quanto ele rendeu no Portimonense. Lá a cultura não o afetou? O problema dele foi mental, causado por uma doença gravíssima, que obrigou todo mundo a tomar medidas drásticas para salvar vidas. E da mesma forma que ele teve esse problema, outros milhares de ocidentais também estão passando por graves questões mentais nessa pandemia. Eles também não se adaptaram a própria cultura?
 

oblik_old_dorestelo

#neymarémodakelvinéfoda
O problema do Nakajima não é adaptação à cultura ocidental, basta ver o quanto ele rendeu no Portimonense. Lá a cultura não o afetou? O problema dele foi mental, causado por uma doença gravíssima, que obrigou todo mundo a tomar medidas drásticas para salvar vidas. E da mesma forma que ele teve esse problema, outros milhares de ocidentais também estão passando por graves questões mentais nessa pandemia. Eles também não se adaptaram a própria cultura?

Quando eu falo em problema cultural não é uma questão de adaptação à língua, costumes e tradições. Refiro-me à forma como se encara por exemplo a doença. Há países asiáticos em que as culturas são obcecadas pela segurança e limpeza.

Eu tenho um amigo de HK que na altura que o COVID estourou lá, lavava a roupa várias vezes ao dia. E isto era comum a todos os conhecidos dele. Isto não é um problema de estofo ou mental, é uma forma de encarar a vida e dar importância às coisas diferente.

Em vez de puxarmos logo da incompreensão pela diferença e os mandarmos para a terra deles, se calhar podemos ter alguma empatia e humanidade e tentar perceber.

E não, não acho que o clube o tenha feito em nenhuma das comunicações públicas sobre o assunto. Estão a respeitar o jogador o que é o minimo que se exige. Mas também não podem fazer nada de muito diferente.

@Portus Vintage: não é uma questão do que eu faço em casa. A nossa constituição defende o direito à diferença. Não me parece que nesta situação o Nakajima tenha imposto seja o que for ao clube. O clube viu-se privado de um ativo mas isto pode acontecer em qualquer empresa. Não estava em condições para desempenhar a função, informou a entidade patronal e provavelmente conseguiu algum tipo de baixa psicológica. A empresa deve encostar ou despedir um trabalhador que suspende a atividade por motivos de doença?
 

Caeruleus

Portista Divino
Vives num mundo a preto e branco? Eu não.

Respondendo à tua pergunta: não sei, nunca emigrei. Mas quando recebo pessoas de outras culturas não lhes imponho a minha, dou-a a conhecer e eles são livres de se imiscuir nela ou não.

Um asiático tem uma cultura radicalmente diferente da ocidental e nós não estamos visivelmente preparados para isso. Para isso e para problemas do foro mental mas isso antes de ser um problema do clube, é um problema do futebol e da sociedade em geral.

E vamos não esquecer que também não tem família aqui. Se nunca emigraste acertaste em cheio. A maior parte não faz idea o que é ir para um a país asiático com cultura extremamente diferente.Como por exemplo a China, o Japão ainda vai lá... é muito fácil alguém sentir-se sozinho e entrar em depressão, ter saudades da familiar, da comida, do próprio ar, até do raio das árvores que tens à frente da tua casa... para piorar isso, está pandemia não ajuda nada.
Não sabemos bem o que aconteceu...

Se o problema for de foro psicológico, espero que o clube o ajude e para o ano seja reintegrado.
Se for falta de profissionalismo que seja despachando.
 

Portus Vintage

Portista Divino
Quando eu falo em problema cultural não é uma questão de adaptação à língua, costumes e tradições. Refiro-me à forma como se encara por exemplo a doença. Há países asiáticos em que as culturas são obcecadas pela segurança e limpeza.

Eu tenho um amigo de HK que na altura que o COVID estourou lá, lavava a roupa várias vezes ao dia. E isto era comum a todos os conhecidos dele. Isto não é um problema de estofo ou mental, é uma forma de encarar a vida e dar importância às coisas diferente.

Em vez de puxarmos logo da incompreensão pela diferença e os mandarmos para a terra deles, se calhar podemos ter alguma empatia e humanidade e tentar perceber.

E não, não acho que o clube o tenha feito em nenhuma das comunicações públicas sobre o assunto. Estão a respeitar o jogador o que é o minimo que se exige. Mas também não podem fazer nada de muito diferente.

@Portus Vintage: não é uma questão do que eu faço em casa. A nossa constituição defende o direito à diferença. Não me parece que nesta situação o Nakajima tenha imposto seja o que for ao clube. O clube viu-se privado de um ativo mas isto pode acontecer em qualquer empresa. Não estava em condições para desempenhar a função, informou a entidade patronal e provavelmente conseguiu algum tipo de baixa psicológica. A empresa deve encostar ou despedir um trabalhador que suspende a atividade por motivos de doença?
Desculpa lá mas eu no disse absolutamente nada sobre o ir para a terra deles ou bla bla bla, basta leres com olhis de ler o meu post, falei em perceber e compreender as diferenças e foi exatamente isso que o clube fez.
Ele tem todo o direito a encarar a pandemia como quiser e exercer todos os seus direitos enquanto trabalhador assim como o clube.
Do ponto de vista moral é evidente que o clube sabendo que se tratava de um problema mental nao devia e nem o fez castigar o jogador, outra coisa é como ele tentou ou quer tentar a sua reintegraçao num grupo que experenciou o mesmo que ele com a diferença de se apresentarem.
Parece que quem foi trabalhar nao tinha receios, nao tinha medos, angustias, familia, nao sofreu psicologicamente dando se a ideia de que quem ficou em casa tem de ser protegido e quem foi trabalhar nao.
P.S: Nao parece, é mesmo assim e para isso basta ver que quem esteve a trabalhar sem apoio absolutamente nenhum tem direito a palmadinha nas costas mas quem ficou em casa tem direito a um apoio que vai dos 100 aos 300 euros.
 
Última edição:

Portus Vintage

Portista Divino
O problema do Nakajima não é adaptação à cultura ocidental, basta ver o quanto ele rendeu no Portimonense. Lá a cultura não o afetou? O problema dele foi mental, causado por uma doença gravíssima, que obrigou todo mundo a tomar medidas drásticas para salvar vidas. E da mesma forma que ele teve esse problema, outros milhares de ocidentais também estão passando por graves questões mentais nessa pandemia. Eles também não se adaptaram a própria cultura?
Tens de ler bem os posts porque nao fui eu a falar em cultura, só respondi que a cultura de uns nao é impedimento para a cultura de outros.
E outros milhares tiveram esses problemas e ainda os teem e imagina tu...tiveram na mesma de ir trabalhar.
 
O Nakajima não está a treinar com o grupo porque ele próprio não se sente ainda confortável para ser reintegrado, conforme explicou o presidente. Não está a tentar forçar nada.
 

sapunaru

Portista Divino
Também é importante que problemas psicológicos e diferenças culturais não sejam usados como desculpas para encobrir má fé.


É um caso complicado e sem sabermos ao certo o que se passou tudo que se diga são só palpites. Agora se aquilo que se disse for verdade (e nunca foi desmentido) continuo a achar ridícula a atitude dele.

Para não estar-me a repetir deixo aqui o que escrevi na altura.

Lol. Estes gajos ganham mais num mês do que um enfermeiro ganham em vários anos. O menino não podia gastar dinheiro e ir para um hotel 2 meses? Ah mas deixa a mulher sozinha em casa com um recém-nascido...como se ele não tivesse dinheiro para pagar a carradas de empregados para ajudar a tomar conta do filho e da casa. É que houve médicos, enfermeiros e outras pessoas com trabalhos de risco a morar em caravanas à porta de casa para evitar ir para casa. E os que também tinham recém-nascidos em casa e tem que estar todos os dias nas caixas dos supermercados?

E os outros jogadores? Quantos é que não tem mulheres e filhos pequenos em casa? E se em vez de um fosse o plantel todo a vir com estas desculpas esfarrapadas? Como é que era?

Sempre fui um dos grandes defensores do Shoya porque sempre achei que foi injustiçado pelo Sérgio mas isto é ridículo. Este constante excesso de complacência que há para um conjunto de privilegiados é inacreditável. Faz lembrar o pessoal que reclama porque um gajo que ganha 600€ por mês (e que se fizer asneira no trabalho é despedido e não assobiado) e gastou 30€ num bilhete para ver um jogo de futebol assobiou os meninos.
 

DiGil

Portista Divino
Quando eu falo em problema cultural não é uma questão de adaptação à língua, costumes e tradições. Refiro-me à forma como se encara por exemplo a doença. Há países asiáticos em que as culturas são obcecadas pela segurança e limpeza.

Eu tenho um amigo de HK que na altura que o COVID estourou lá, lavava a roupa várias vezes ao dia. E isto era comum a todos os conhecidos dele. Isto não é um problema de estofo ou mental, é uma forma de encarar a vida e dar importância às coisas diferente.

Em vez de puxarmos logo da incompreensão pela diferença e os mandarmos para a terra deles, se calhar podemos ter alguma empatia e humanidade e tentar perceber.

E não, não acho que o clube o tenha feito em nenhuma das comunicações públicas sobre o assunto. Estão a respeitar o jogador o que é o minimo que se exige. Mas também não podem fazer nada de muito diferente.
Sim, eu entendo. Mas acho que mesmo assim, o fator cultural não foi o causador do problema dele. O seu amigo de HK, por exemplo, não creio que teve a parada que o Naka teve. Acho que é importante relevar o fator individual do problema dele e dos outros, que ao meu ver tem muito mais a ver com como cada um enfrente uma pandemia que pode levá-lo a morte. Aqui talvez essa diferença seja mais clara, vejo gente achando que não vai acontecer nada com eles por não serem do grupo de risco, lembro de um cara que morreu nos EUA numa Corona Party, da mesma forma que tem gente super saudável completamente surtada com o que está acontecendo. Entende +/- o meu ponto? De resto concordo com o que você disse.
 

DiGil

Portista Divino
Tens de ler bem os posts porque nao fui eu a falar em cultura, só respondi que a cultura de uns nao é impedimento para a cultura de outros.
E outros milhares tiveram esses problemas e ainda os teem e imagina tu...tiveram na mesma de ir trabalhar.
Foste tu que fizeste a pergunta "tens que o imigrante de adaptar a cultura do país ou o pais que tem que se adaptar ao imigrante", não? E continua com o argumento, dando a entender que o Nakajima deveria se adaptar a cultura ocidental.

De resto, se achas que é válido uma pessoa ter de arriscar a vida porque outros estão arriscando a vida, muitas vezes só porque não tem noção do que está acontecendo, é mais problema seu de não conseguir ver o real problema das coisas.
 

Edgar Siska

Dark Lord
Membro do Staff
É uma questão psicológica. Foi assim que o Nakajima lidou, com a agravante de estar emigrado e de ter um esposa no grupo de risco e um recém nascido.
Penso que o FC Porto saberá lidar com isto pelo que o presidente disse de forma equilibrada e humana
 

Vudu

Administrador
Membro do Staff
Bem se a minha experiencia pessoal serve de alguma coisa aqui vai...

Como muitos sabem eu vivo no México que é dos países mais afectados pelo covid. A generalidade da populacao, especialmente na regiao em que vivo, quer com toda a vontade que os negócios voltem a abrir, que os empregos regressem á normalidade e uma grande parte da populacao acha tudo isto um grande exagero. Muitos acreditam nisto nao por teorias da conspiracao mas porque dao mais valor ao regressar ao emprego do que a ultrapassar a crise de saúde.

Faco esta introducao para explicar que muita gente, incluindo vários amigos próximos, vao fazendo a vida normal, como ir a sitios com muita gente, nao respeitando propriamente as regras sanitárias de espaco social e máscaras, viajando dentro do país para zonas que estao ainda piores que a nossa, etc, etc.. E isto é para falar dos amigos porque se vou falar da gente que vejo na rua o á-vontade ainda é mais extremo.
E ainda nem sequer chegamos ao ponto mais alto da curva, para que tenham uma ideia.

E que faco eu? Levo meses escondido em casa, alieanei todo e qualquer contacto desnecessário, nao saio a cafés nem restaurantes, nao vejo amigos, nao vou a casa de ninguém nem ninguém vem a minha casa, e das poucas vezes que tive que deixar alguém cá entrar, por exemplo um gajo que veio arranjar o ar-condicionado, desinfectei tudo e mais alguma milhoes de vezes.
Serve isto para dizer que entendo o Nakajima. Nem quero pensar o que seria se a minha mulher tivesse asma e se a maioria das pessoas com quem eu convivo falassem um idioma que eu nao soubesse dominar em condicoes.

Fazer disto uma questao de pouco profissionalismo acho uma cena para nao dizer pior...injusta. Nunca se deveria ter que obrigar ninguém a trabalhar nestas condicoes. Da mesma maneira que nao te podem despedir por teres o virus também nao devias sofrer por nao te querer arriscar especialmente com uma atenuante de teres a tua mulher no grupo de risco elevado.

Que digam que ele deve regressar ao fundo da escada e lutar para ganhar um lugar na equipa?claro que sim.
Que lhe descontem algo do salário porque se recusou a treinar durante x tempo? claro que sim.
Agora fazer do gajo um ingrato, ou mal-agradecido ou pouco profissional acho que é injusto e peca por falta de compaixao.

E isto é válido seja japones, brasileiro ou portugues. A nacionalidade nao devia ter muito peso na balanca, só refiro neste caso porque a juntar a situacao do covid é um gajo que nao deve ter grande á vontade com o idioma, nem muito menos a esposa.
 

DR

Oásis do fórum
Que se lixe o motivo e se concordo ou não. Se neste momento o Nakajima quer fazer parte do plantel é muito bem-vindo de volta.
 

BlueSoul

Portista Divino
O que se passou entre o fcp e o Nakajima deve ter siso feio, hoje o jogador faz anos e a pág oficial do clube no twitter não lhe deu os parabéns.
Just saying.
 
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